
SANGUE NOVO: PARA SEGUIR (FUMEC)
Na Terça Feira passada, dia 1 de Dezembro, fiz parte da banca de jurados dos finalistas de Design de Moda da FUMEC.
Hoje trago alguns dos nomes que se destacaram na minha memória visual e sensorial. Porque o melhor teste às nossas preferências é o passar do tempo. E se há imagens que se mantêm vivas depois de alguns dias, entre tantos candidatos, é porque merecem ser partilhados.
Quero aqui também deixar os parabéns a toda a organização, sublinhando a incansável Salamandra Comunicação, liderada por Helóisa Aline, pelo trabalho, empenho e resultado final, que proporcionou a todos os finalistas uma verdadeira sensação de passerelle, e “dream come true“.
Maria Clara Martins – SIMULACRO
Na minha opinião, é neste tipo de desfiles que o designer mais tem liberdade de criação, e de levar a sua imaginação ao limite. Não é para vender, para gerar números, não tem que cumprir com os requisitos “empresariamente” exigidos na realidade.
Maria Clara Martins mostrou aqui capacidade criativa, capacidade de construção, de uma forma harmoniosa, e com uma mensagem clara.
Luiza Senna – TRAMAS
Para mim uma das melhores coleções da noite, por um motivo muito simples: com pouco fez muito, no simples encontrou a riqueza das peças, e criou peças conceito bastante comerciais. O melhor de dois mundos (criativo e comercial) em peças que juntam o trabalho do silicone ao tricot. Luiza Senna procurou uma nova forma de fazer roupa e encontrou, depois de longas pesquisas, a resposta no silicone, que se comporta como uma solda que não precisa de ser costurada.
A designer conseguiu ainda juntar uma boa ideia a um bom resultado. E isso é fundamental!
LAURA GUERRA – Daqui para Onde Vamos
Achei interessante o trabalho de aplicação das folhas gigantes. Bem conseguida a imagem final. Inspirada na india Tuíra, que lutou pelas suas terras e dos seus, contra a construção da usina de Belo Monte, a designer diz que “A aplicação das folhas de lã nos três looks faz pensar que na cultura indígena não há diferença entre corpo, roupa e mundo”.
Júlia Metzker – IMPAR
A designer criou impato de uma forma simples mas criativa. Uma imagem limpa mas diferente e bem conseguida.
Hellen Formaggini – GRIS
Hellen Formaggini elegeu o contraste do trico de seda primitivo com peças de mood clean sobrepostas. O rigor da alfaiataria, da construção e do visual geométrico.